
Fagulha de briga
Como anda o Spark EUV, o elétrico da Chevrolet que chega ao Brasil este ano
por Marco Robles
Autocosmos.com/Chile
Exclusivo no Brasil para Auto Press
A Chevrolet está fazendo uma grande renovação em sua linha, especialmente com SUVs 100% elétricos, com os já lançados Blazer EV e Equinox EV e os anunciados Captiva EV e Spark. Os dois primeiros tinham a função de consolidar a imagem da marca na eletrificação e confrontar modelos de marcas de luxo. Já os dois SUVs anunciados vão mesmo para a briga por volume nos segmentos de elétricos mais movimentados. Principalmente o pequeno Spark, que tem previsão de custar a partir de R$ 150 mil, preço capaz até de converter consumidores de SUVs compactos a combustão. No México, onde o carrinho foi avaliado, ele está custando o equivalente a R$ 135 mil.
Esta é a segunda vez que a General Motors utiliza o nome Spark para um compacto elétrico – o primeiro Spark EV saiu de linha em 2016 –, mas antes era um hatchback e o atual é um crossover. Trata-se de um rebadge do modelo Baojun Yep Plus, um modelo produzido na China pela GM em associação com a SAIC – mesmo acontece com o Captiva. No Brasil, ele deve desembarcar em uma única versão, com um bom nível de equipamentos.
A Chevrolet define o Spark como um EUV, o que significa Electric Utility Vehicle. Ele é pensado como um veículo urbano, com 258 km de autonomia por carga e animado por um motor no eixo dianteiro com 102 cv de potência e 18,4 kgfm de torque. A alimentação é feita por uma bateria de fosfato de ferro-lítio de 42 kWh, que suporta carregamento rápido em CC de até 50 kWh e em CA de até 6,6 kWh. A vocação urbana é reforçada por um bom espaço interno e soluções de arrumação inteligentes.
As dimensões do Spark o colocam como um crossover compacto de entrada, com o mesmo porte de modelos como Fiat Pulse, Volkswagen Tera e Renault Kardian. Ele tem 4,00 metros de comprimento, 1,79 m de largura e 1,76 m de altura, com entre-eixos de 2,56 m. Ele pesa 1.325 kg, tem altura mínima para o solo de 15 cm e o porta-malas comporta 355 litros de carga.
Em relação aos equipamentos, o Spark ar-condicionado analógico, revestimento em couro, banco do motorista com ajuste elétrico, chave presencial, iluminação em led, painel digital com 8,8 polegadas e central multimídia com tela de 10,1 polegadas e espelhamento de celulares. Na parte de segurança, o modelo vem com seis airbags e recursos ADAS como sensor de luz e chuva, controle de cruzeiro adaptativo, alerta de colisão com frenagem autônoma, câmera 360, sensor traseiro, de ponto cego e de tráfego cruzado traseiro, monitor de faixa, etc.
Impressões ao dirigir
Eficiência urbana
O trajeto proposto foi bem de acordo com a vocação do Spark: cerca de 80 km pelas ruas da Cidade do México. Com isso, o pequeno crossover enfrentou situações típica do cotidiano de grandes centros latino-americanos: trânsito intenso, estradas inclinadas, subidas, buracos por toda parte e, claro, as mudanças no clima que vai do calor intenso ao meio-dia para chuva à tarde. Nesse contexto, não há grandes reclamações. Na verdade, o Spark EUV é um veículo confortável, com visibilidade muito boa, manuseio ágil, embora a direção seja macia demais, e boa suspensão.
Nas curvas, o carro mostrou bom equilíbrio do chassi e da eletrônica, deixando o carro estável e, em caso de exagero, até consegue devolver o carro de volta à linha da curva. Isso não é nada insignificante em um veículo com 1,73 metro de altura. Obviamente, os mais de 200 kg de bateria no piso do modelo são essenciais para esta estabilidade.
Do lado mecânico, o carro tem uma aceleração e recuperação muito boas, suportadas pelo torque imediato entregue pelo motor elétrico, enquanto a recuperação funciona bem. Durante o trajeto, que incluiu subidas íngremes, não foi consumido nem um quarto da bateria em quase 80 km. Isso com o ar-condicionado ligado no modo Sport, que tem menor regeneração de energia.
Uma menção importante é merecida pelo conjunto de assistências ADAS. Ao contrário das encontradas em outros modelos de origem chinesa, aqui os sistemas não são invasivos, são bem calibradas e entram em ação quando é realmente necessário, seja para alerta da possibilidade de uma colisão, seja para corrigir a posição dentro da pista.
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